segunda-feira, 31 de outubro de 2011

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Diálogo de uma gotinha e uma flor

O sol começa a espreitar, surgem os primeiros raios no céu. A noite esconde-se atrás do mar levando consigo o frio.

Começam a aparecer minúsculas gotinhas de água sobre as flores que sorriem e dão as boas vindas ao sol.

As primeiras gotinhas começam a brilhar quando o sol incide nelas. O vento sopra empurrando as gotinhas ao longo das plantas.

- Mais um dia de brincadeira! – dizem as gotinhas entre si.

- Vamos escorregar!

- Iupi! Novamente!

Ouve-se uma voz:

- Não me façam tantas cócegas! – disse a flor.

- Desculpa! Estamos tão contentes e distraídas que não nos apercebemos que estávamos a fazer cócegas nas tuas pétalas. Nós só queremos chegar à terra para nos dirigirmos ao lago.

- Quem me dera ir convosco, passear e ver outros lugares!

- Então! As abelhas não iam sentir a tua falta? – diz uma gota.

- Acho que tens razão! Tenho que ficar por aqui com as minhas amigas abelhas. Elas necessitam de mim para puderem recolher o pólen.

As gotinhas vão deslizando pela flor até encontrarem o solo. Juntam-se em convívio até formarem pequenas poças de água. Estas combinam e fogem para o interior da terra, caminhando até chegar ao seu destino.

Aquela nuvem...II

Aquela nuvem
Parece uma gata a sorrir!
Ah! Se a minha não tivesse desaparecido!


Aquela?
Já não é uma gata é uma sereia a sonhar.
Não faz mal.
Queria nadar e ser como ela com poderes mágicos.


Aquela?
Já não é uma sereia,
é um pássaro a voar
a pensar na sua vida
como um comboio a acenar.


Não faz mal.
Vi um pião a girar
muito colorido.

Aquela nuvem...


Aquela nuvem

Parece um comboio...

Ah! Se eu pudesse embarcar nele!



Aquela?

Mas já não é um comboio é um pião

Não faz mal.

Queria brincar com ele.



Aquela?

Mas já não é um pião,

é um gato a brincar com um pássaro na repsol,

atrás do anzol com o trol.

Não faz mal.



Quero ser uma sereia para ir ter com uma lampreia.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A flor e a gotinha de água



Era uma vez um jardim, cheio de enormes árvores e flores maravilhosas onde vivia um lindo girassol.

Um dia, uma gotinha de água desprendeu-se de uma nuvem cinzenta e caiu mesmo em cima do girassol.

- Olá gotinha! De onde vens tu? -disse o girassol espantado.

- Eu caí daquela nuvem grande e redonda. Lá dentro vivem muitos familiares e amigos. A nuvem onde eu vivia foi buscar-me ao mar. O meu mar é muito azul! Lá vivem peixes de todas as cores e formas, há estrelas-do-mar e conchas coloridas e outros seres diferentes. E tu de onde vens?

- Eu venho de uma semente que nasceu, cresceu e viveu sempre aqui! Só conheço esta parte do jardim. As libelinhas, as abelhas e as joaninhas são minhas amigas e trazem-me notícias do resto do mundo. Gostava de ter pernas para andar e para conhecer os outros lugares do mundo.

- Não fiques triste girassol porque não és o único que gostava de ter algo que não tens! Eu gostava de ter asas para poder escolher o meu caminho e destino e não estar sempre às ordens do vento e da chuva. Ando constantemente a viajar no ciclo da água. Os mesmos caminhos e sentidos, de baixo para cima e de cima para baixo! Quando voltar a encontrar-te, contar-te-ei as minhas viagens e histórias magníficas!

 - Gostei muito de te conhecer e adorei estes momentos de conversa. Espero ansiosamente pelo nosso próximo encontro, onde irei ter o prazer de ouvir as tuas histórias.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A aldeia dos ouriços

 
N

um bosque escuro e frio, entre montanhas, há uma aldeia pequena onde habitam uns amigos nossos.
              
               Naquela aldeia, repleta de cogumelos avermelhados, de pedras enormes e brilhantes, saíam dos seus abrigos pequenas criaturas.

                Aqueles pequenos animais, redondos e revestidos de espinhos, olhos grandes e alegres, acordam ao amanhecer, quando os primeiros raios solares surgem no céu. Dirigem-se para o bosque na procura de alimentos para sobreviverem. Como existem muitos animais no bosque e os ouriços são lentos, eles iniciam o dia bem cedinho.

                Deslocam-se sobre o musgo molhado e escorregadio, com muito cuidado, olhos bem abertos e atentos a qualquer movimento. Com receio de serem devorados pelos seus inimigos, o ouriço esconde-se atrás das pedras antes de avançar na procura de bolotas, sementes e outras raízes.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A fada e o dragão

Numa floresta havia um castelo grande onde vivia um rei. No salão principal estava uma tapeçaria que representava um dragão numa gruta.


Como sabem, todos os castelos tinham uma biblioteca. Então, o rei decidido a descobrir a história daquela tapeçaria procurou nos livros textos que falassem de dragões.


Num livro antigo encontrou a imagem da tapeçaria que estava no seu salão. Desfolhou as páginas do livro excitado com o que estava a ver. Descobriu pistas sobre um possível tesouro numa gruta perto do seu castelo.


Reúne os guardas e explica o que devem fazer. Saem do castelo em todas as direções à procura da gruta do dragão.


Um grupo de soldados que procurava nas montanhas encontrou uma gruta. Enviaram uma mensagem por um cavaleiro a avisar o rei.


O rei quando recebeu a mensagem dirigiu-se à gruta. A gruta era enorme e sombria. Entraram nela e acenderam archotes. Exploraram-na e a luz dos archotes fez o tesouro brilhar. Admirados e espantados correram para o tesouro.


O barulho das armaduras ferrugentas fez com que algo dentro da gruta desperta-se.


Os soldados não tiveram tempo de fugir, surgiu do escuro uma enorme bola de fogo. Os sobreviventes fugiram deixando o rei sozinho na gruta. Aterrorizado e sem saber o que fazer, pega na sua espada e enfrenta aquele gigantesco dragão. Cansado e exausto daquela luta desigual começa a ceder e a perder forças. Naquele instante, em que tudo está perdido, aparece uma luz branca e brilhante que transforma o dragão num rato.

Um menino e um livro


 




Conheci um menino que era diferente de todos os outros que eu conheço. Ele era um menino baixo como um anão, magro e simpático. O meu novo amigo andava sempre triste, sentia-se diferente, brincava sozinho e quando tentava participar nas brincadeiras e jogar com os outros meninos era posto a parte

Todas as semanas ele trazia um livro diferente. Passava o tempo ler aqueles livros estranhos, grossos e recheados de inúmeras de capas sombrias.

Naquela manhã, voltei a vê-lo no banco do recreio a folhear as páginas de um livro muito antigo. Curioso como um rato, aproximei-me devagar e em silencio para não o assustar. Atrás dele espreitei o velho livro e fiquei espantado com o que vi.

Naquelas páginas, cheias de palavras e rabiscos descobri uma história mágica e interessante que relatava “O Milagre das Rosas”.

Espreitei o livro e olhei para o menino. Ele parecia que estava a viver aquilo. Vibrava, sorria, ficava espantado e admirado com o que lia. Tudo isto com um livro.

Tentei sentar-me a seu lado. Apercebeu-se da minha iniciativa e timidamente convidou-me a ver o livro com ele.





Eu imagino que estou num mundo cheio de cores. Tudo tinha mais do que uma cor: prédios, ruas, carros, relva … tudo, as pessoas eram círculos exceto uma que era retângular.

Eu imagino que estou num obstáculo com muitas cores diferentes.

Eu imagino várias cores espalhadas pelo mundo.

Imagino o mundo cheio de cores antigas e novas. E cheio de amor, carinho e felicidade.

Eu imagino uma borboleta a transportar nove bolas coloridas por uma estrada mágica.

Imagino um sapo colorido e contente a saltar, com dois olhos grandes e coloridos.